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Ex-ministro Anderson Torres é preso após condenação por tentativa de golpe de Estado
Por Henrique Sampaio
Publicado em 25/11/2025 16:28 • Atualizado 25/11/2025 16:32
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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi preso na tarde desta terça-feira (25), após ter sua condenação de 24 anos de prisão confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão marcou o trânsito em julgado do processo, encerrando qualquer possibilidade de recurso na ação que apura a tentativa de golpe de Estado.

Mais cedo, equipes da Polícia Federal estiveram na residência de Torres, no Jardim Botânico, área nobre de Brasília, mas ele não foi encontrado. Minutos depois, a PF confirmou que ele havia sido detido, sem informar o local exato da prisão.

Ex-delegado da PF, Torres cumprirá pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha. O local já foi preparado para recebê-lo.

Condenações e prisões no núcleo do golpe

A decisão desta terça também confirmou o trânsito em julgado para outros réus do chamado “núcleo 1” da trama golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-diretor da Abin e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), além dos generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, que também tiveram mandados de prisão expedidos.
O almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, foi preso em Brasília no início da tarde.

O Exército já preparou celas no Comando Militar do Planalto (CMP) para receber os militares envolvidos.

Pedido de local de prisão e alegações de saúde

Na segunda-feira (24), a defesa de Anderson Torres havia solicitado ao STF que, em caso de prisão, ele fosse encaminhado à Superintendência da Polícia Federal ou ao Batalhão de Aviação Operacional (Bavop) da PMDF. A justificativa apresentada foi o quadro de depressão que ele enfrenta desde sua primeira prisão, em janeiro de 2023.

Segundo a petição, o ex-ministro faz uso contínuo de venlafaxina (antidepressivo) e olanzapina (antipsicótico), e sua condição psicológica tornaria “incompatível” o cumprimento da pena em um presídio comum, devido a riscos à integridade física e mental.

Com a confirmação do trânsito em julgado, as prisões dos envolvidos marcam um dos momentos mais decisivos do processo que investigou e puniu os articuladores da tentativa de ruptura institucional no país.

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