O Berço 108, inaugurado nesta semana pelo governador Flávio Dino, é mais um vetor de geração de postos de trabalho, crescimento da arrecadação tributária e modernização do Porto do Itaqui para atrair investidores. Com a entrada em operação do Berço 108, novo terminal de atracação de navios dedicado às operações de granéis líquidos (combustíveis), a capacidade de movimentação desse tipo de carga no Porto do Itaqui deve aumentar em 40%, o que equivale a 4 milhões de toneladas/ano.
“Este berço é um equipamento imprescindível, dada a importância e o valor elevado das cargas que aqui serão movimentadas. Em razão deste investimento público privado, nós temos a ampliação da capacidade do porto e mais segurança para as pessoas que aqui trabalham e para as empresas que movimentam, por aqui, as riquezas do nosso estado e do nosso país”, afirmou o governador Flávio Dino na última terça-feira (27), dia da entrega do Berço.
A obra de instalação do sistema de combate a incêndio do Porto do Itaqui, no valor de R$ 14,9 milhões, contempla toda a área de cais, do berço 100 até o 108, e foi planejada em duas fases de execução.
A primeira, concluída em dezembro de 2017 (berços 104 a 108) e a segunda (berços 100 ao 103) tem previsão de entrega em maio deste ano. O projeto abrange instalação de alarmes, hidrantes, canhões de água, bombas de alta capacidade, dentre outros equipamentos.
“A importância do Itaqui não é só para o Maranhão, pois através do Itaqui o Brasil alimenta o mundo”, destacou o diretor da Antaq, Francisval Mendes.
Em 2015, no início da gestão do governador Flávio Dino, a equipe da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP) verificou que a obra de construção do Berço 108 encontrava-se paralisada, com atraso no repasse de recursos do convênio federal. Imediatamente foi iniciado um trabalho para sanear todas as pendências, com aporte de recursos próprios, e a obra, de fundamental importância para o plano de expansão do Porto do Itaqui, foi retomada já em fevereiro de 2015.
“O novo berço tem a capacidade não só de atender o mercado local do Maranhão, mas um total de sete Estados brasileiros da região Centro/Norte e da região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) que fazem a movimentação de granéis conosco, sejam grãos ou combustíveis”, destacou o presidente da EMAP, Ted Lago.
Mais obras
O plano de investimentos da EMAP segue com outras entregas para este ano e obras a serem iniciadas. Uma das principais entregas de 2018 é o novo Terminal do Cujupe, que está sendo transformado em um equipamento multimodal com estrutura para embarque e desembarque de passageiros, terminal rodoviário, alojamento e posto da Polícia Militar.
E devem começar ainda neste ano a construção de um novo berço, o 98, que terá capacidade de integração com o berço 99, totalizando 860 metros de cais e contribuirá para o aumento de 3,5 milhões de toneladas na movimentação portuária. O berço prevê, ainda, a integração com o sistema ferroviário, dando ao Porto do Itaqui mais competitividade em relação a outros portos da região.
Entre os investimentos privados com início de obras neste ano estão o novo terminal para carga geral, preferencialmente dedicado a celulose e papel, que terá armazém, berço e ramal ferroviário, com investimento de R$ 215 milhões, e a ampliação do Tequimar, dedicado a granel líquido. A primeira fase de expansão desse terminal (que estará concluída em 2020) prevê a construção de tancagem adicional para combustíveis, aumentando em, no mínimo, 30 mil metros cúbicos a capacidade atual.
Porto São Luís
Além de empreendimentos no Porto do Itaqui, estímulo às cadeias produtivas locais no interior do Estado, programas de incentivo tributário e formação de mão de obra nas unidades do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA), o governador Flávio Dino deu mais dois passos para a ampliação do Parque Industrial Maranhense, com o anúncio da construção de mais um terminal portuário privado em São Luís e a instalação da Siderúrgica de Bacabeira.
Sozinha, a operação de construção do Porto São Luís, da gigante chinesa CBSteel, vai gerar 4 mil empregos na primeira fase, onde serão instalados quatro, dos seis berços previstos para o porto. Com investimentos de R$ 800 milhões, as obras de implantação do terminal já foram iniciadas na região do Cajueiro.
“Esse porto vai se integrar aos três outros portos que já possuímos”, explica o vice-governador Carlos Brandão, líder da missão interinstitucional maranhense que articula implantação de investimentos privados no Estado. “Um porto importante que é fruto de um grande esforço e trabalho do Governo do Estado porque não é fácil trazer um porto dessa envergadura. Recebi do governador Flávio Dino essa missão de atrair grandes investidores, com negociações para garantir a viabilidade financeira desse empreendimento”, acrescenta Carlos Brandão.
Outro empreendimento importante com previsão de início de obras para o segundo semestre deste ano é a implantação de uma indústria siderúrgica no município de Bacabeira. Após três anos de negociações com o Governo do Estado, o investimento anunciado produzirá 10 milhões de toneladas de aço, com geração de 10 mil oportunidades de trabalho e mais 2.500 vagas na fase operacional.
“Entre as medidas para garantir a implantação desses empreendimentos, o Governo criou leis e decretos que deram segurança jurídica para as operações, além de atuar para garantir a emissão adequada das licenças ambientais. Teremos outros desafios pela frente, mas esse é o momento em que o Maranhão é visto pelo mundo como uma terra de oportunidades”, explicou o vice-governador.