Segundo as famílias das vítimas, o hospital teria forçado as duas mulheres a terem parto normal, quando elas deveriam passar por uma cesariana de emergência. As mães e os bebês morreram na unidade hospitalar.
Após a família de duas grávidas, que morreram durante o trabalho de parto no Hospital Regional de Balsas, no sul do Maranhão, acusarem a unidade hospitalar de ter sido negligente no atendimento às gestantes, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA) afirmou que instaurou uma comissão de investigação e apuração sobre os óbitos e afastou a direção do hospital para que a apuração seja feita da melhor forma.


Segundo as famílias das vítimas, o hospital teria forçado as duas mulheres a terem parto normal, quando elas deveriam passar por uma cesariana de emergência. Os dois casos aconteceram em menos de um mês. Os bebês das vítimas também morreram no hospital.
A primeira vítima foi Naísia Nascimento de Santana, de 30 anos, que procurou, por dois dias consecutivos, atendimento no Hospital Regional de Balsas, antes de ser internada.
Segundo a família dela, apesar das dores intensas e pouca dilatação, a equipe médica decidiu induzir o parto normal, com uso de medicamentos. Durante o procedimento, Naísia teve convulsões, sofreu três paradas cardíacas e morreu no dia 14 de janeiro. O bebê dela ainda passou oito dias na UTI Neonatal, mas acabou morrendo também.
O segundo caso aconteceu no dia 1º de fevereiro. Ana Carolina da Silva Bezerra, de 26 anos, passou nove dias internada tentando o parto normal, já que, segundo a família, a equipe médica teria se recusado a realizar o parto cesariana. Tanto ela quanto o bebê morreram.