O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, considerado a inflação oficial do país, avançou 0,93% em março, acima da taxa de 0,86% registrada em fevereiro. O resultado é o maior para o terceiro mês do ano desde 2015, quando o IPCA fechou em 1,32%. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE, indicam alta de 2,05% no ano e de 6,1% em 12 meses.
Mais uma vez, a inflação foi puxada principalmente pela variação no preço dos combustíveis, que subiu 11,23% e do gás de botijão, que avançou 4,98%.
O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explicou que os sucessivos reajustes nas refinarias entre fevereiro e março impactaram o valor de venda dos combustíveis nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás de botijão. Com dois reajustes consecutivos nas refinarias, o item acumulou alta de 10,46%, que também pesou no bolso do consumidor final.
Com o 10º aumento consecutivo, a gasolina respondeu, individualmente, pelo maior impacto no índice do mês.
A boa notícia é que a alimentação, grande vilã do IPCA em 2020, segue apresentando tendência de desaceleração. Em março, a taxa avançou menos, fechando em 0,13%. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro.
Segundo o gerente da pesquisa, a desaceleração no preço dos alimentos é resultado de uma maior estabilidade do câmbio e de uma redução na demanda, que pode estar relacionada com a suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano.
No que diz respeito aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas pelo IBGE registraram altas em março. A maior inflação foi verificada em Goiânia, enquanto que o menor índice foi observado na região metropolitana do Recife.
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