Ações são por conta de recebimento irregular de dinheiro no TCE e Uema.
Ministério Público do Maranhão pede ressarcimento total dos danos.
O Ministério Público do Maranhão (MPMA) ajuizou duas ações civis públicas contra o deputado federal Waldir Maranhão(PP) e o filho dele, o médico Thiago Maranhão, por causa do recebimento indevido de salários na Universidade Estadual do Maranhão (Uema), e no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), respectivamente.
Na ação contra o filho do deputado, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa também cita o conselheiro do TCE, Edmar Serra Cutrim.
Além do pagamento de multa civil, o Ministério Público requer a condenação dos três citados ao ressarcimento total do dano, à perda da função pública e à suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos.
A assessoria de Waldir Maranhão não se manifestou sobre o assunto. Thiago Maranhão não foi encontrado e a assessoria de Edmar Cutrim também não foi encontrada para falar sobre o assunto.
Salários indevidos
Em maio deste ano, o então presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), ganhou destaque negativo após receber indevidamente salários como professor da Uema referentes ao período entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2016, enquanto exercia seu mandato de deputado federal, em Brasília.
Segundo a Uema, em março foi descoberto o pagamento indevido. Desde então, Waldir Maranhão foi comunicado sobre da obrigação de devolver ao erário estadual os valores recebidos no período assinalado. Ele teria requerido o cálculo atualizado do valor a ser devolvido, bem como a forma de fazê-lo. À época, a Uema disse que aguardava ‘a efetiva reparação ao tesouro estadual, providência que, quando adimplida’.
Filho também era ‘funcionário fantasma’
No mesmo período, o filho do deputado Waldir Maranhão, Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, foi afastado do cargo de assessor do conselheiro Edmar Cutrim do TCE-MA após uma denúncia de que ele estaria atuando como médico em São Paulo e não exercia a função em São Luís.
No início de junho, Thiago Maranhão pediu ao TCE-MA para fazer o pagamento de R$ 565 mil – valor referente ao período em que recebia salário quando era ‘funcionário fantasma’ do órgão – de forma parcelada, sendo R$ 235 mil de entrada e outras 24 parcelas de R$ 13,7 mil.
Em recadastramento realizado após o escândalo, 22 do total de 571 servidores do TCE-MA não compareceram ao procedimento realizado pelo órgão no prazo estabelecido.
Fonte: G1/MA