Ainda assustado, o jovem Sebastião Vinícius Cavalcante Braga voltou na manhã deste sábado (31) ao local onde o carro em que ele e sua irmã estavam caiu e foi arrastado pela correnteza. O motorista foi um dos quatro feridos após o rompimento da BR-343, em Teresina.
Ao G1, o jovem contou que passava pela rodovia exatamente na hora em que o asfalto rompeu. Segundo ele, era por volta das 20h30, quando uma carreta carregada de madeira localizada no sentido contrário da pista tombou e o asfalto abriu. Logo em seguida, o carro da frente caiu e ele tentou frear e o local onde estava cedeu.
Irmãos foram arrastados pela correnteza durante rompimento de BR (Foto: Catarina Costa/G1 PI)
"O meu carro ainda parou, mas não deu tempo de colocar a ré e a gente caiu na parte onde tinha muita lama e a correnteza forte. Foi desesperador no começo. Enquanto a gente era arrastado pela água, a sensação de angústia era muito grande, porque não tínhamos o que fazer. Você fica lá dentro e não pode abrir a porta, porque tem água por todo lado. Você só joga na mão de Deus", declarou Sebastião Vinícius.
Enquanto era arrastado pela correnteza, o jovem diz ter ouvido pedido de socorro dos passageiros do outro carro que caiu. Minutos depois, ele lembrou do carro parar em uma parte rasa e conseguir sair do veículo com sua irmã. Os dois procuraram abrigo em uma casa próxima.
Rompimento na BR-343 em Teresina (Foto: Magno Bonfim/TV Clube)
O caminhoneiro Carlos Luiz Pinheiro perdeu 30% da carga de madeira, que estava no compartimento do bitrem que caiu durante a ruptura da rodovia. Ele estava a caminho do posto de combustível para jornada de descaso, quando sentiu o impacto do asfalto ceder.
"Eu senti o chão tremendo. O afasto começou a ceder no momento em que eu passava com o caminhão. Houve um impacto grande, uma parada brusca, o veículo começou a descer e a cratera abrir. Ao descer, vi que o compartimento tinha caído no buraco e um motorista alertou da queda de dois carros. Logo atrás vinha uma viatura da polícia e isolou o local", comentou.
Caminhoneiro Carlos Luiz sentiu o asfalto ceder (Foto: Catarina Costa/G1 PI)
FONTE:G1