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Descoberto novo galpão com produtos contrabandiados e mais policiais são presos no Maranhão
Estaduais
Publicado em 03/03/2018

Segundo a polícia, o galpão tinha quatro vezes mais mercadoria do que a quantidade encontrada em operação anterior. Já foram decretadas as prisões de dois sargentos, três soldados, um major, um tenente e um coronel.

A Polícia Militar (PM) descobriu mais um galpão utilizado para guardar produtos contrabandeados em São Luís, nesta sexta-feira (2). O local que tinha quatro vezes mais mercadoria que a quantidade encontrada na semana passada, na região metropolitana, segundo a polícia.

O juiz Ronaldo Maciel, da primeira vara criminal, já decretou a prisão do coronel Reinaldo Frankalanci, do major Luciano rangel, do Tenente Aroud Martins, do sargento Joaquim Carvalho, do sargento Jonilson Amorim e dos soldados Paulo Ricardo Nascimento, Patrick Martins e Gleidson Alves.

O tenente e o sargento da Polícia Militar (PM) já foram presos neste sábado (3). Além deles, o coronel da PM Reinaldo Elias Francalanci se entregou no início da tarde no Comando Geral em São Luis. Depois foi prestar depoimento na Delegacia de Combate a Corrupção. Ele é o sexto policial militar preso nos últimos dez dias por suspeita de envolvimento com uma quadrilha de contrabandistas.

O galpão fica em uma estrada perto da BR-135 no bairro da Matinha, zona Rural de São Luis. Os policiais militares encontraram mercadorias parecidas com as encontradas na operação anterior, como caixas com cigarros e garrafas de whisky. Uma arma foi apreendida.

“A diretoria de inteligência localizou, nós acionamos os batalhões especiais e estouramos o depósito que, para a nossa surpresa, é bem maior do que o primeiro depósito que a polícia estourou. (...) A partir daqui vamos passar o material para a Polícia Civil, que vai dar continuidade às investigações”, declarou o coronel José Frederico Pereira, comandante geral da Polícia Militar no Maranhão.

O ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Sousa, é apontado como um dos chefes do esquema criminoso. Antes de ser preso, ele enviou um áudio a outros suspeitos na semana passada e que pode comprometer outros agentes públicos.

"Realmente complicou... Mas eu estou trabalhando via o secretário e dois deputados pra gente ... É... sanar esse problema. Esses dias eu tenho trabalhado só isso...usando da minha influência política para poder mandar chamar esses caras, o deputado chamar e tal pra ver se a Gente consegue reverter. Por enquanto a gente tem que engolir esse veneno até a mudança de comando... é o que estou sendo orientado, entendeu?”, disse Rogério no áudio.

O advogado do delegado Thiago bardal disse que o cliente dele está sofrendo perseguição política. Já o advogado de Rogério Sousa Garcia disse que, no depoimento de desta sexta (3), o cliente dele usou o direito constitucional de se manter calado. O G1 não conseguiu contato com a defesa dos outros presos.

Entenda o caso

No dia 22 de fevereiro o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que policiais militares encontraram durante uma operação um porto privado localizado no Arraial, no Quebra Pote, em São Luís. Depois de abordagens, três pessoas foram identificadas como militares. Armas, bebidas alcoólicas e cigarros também foram apreendidos.

Os presos anunciados pela SSP foram o major Luciano Fábio Farias Rangel, o sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho, o soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, além de Rogério Sousa Garcia, José Carlos Gonçalves, Éder Carvalho Pereira, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes.

No sítio, descobriu-se um esquema criminoso formado pelo major Luciano, que já figurava em ações de inteligência. Ele articulava outros PMs para cobertura armada através de milícia para organização criminosa, segundo informado pela SSP. Outro homem encontrado no sítio era o agenciador das atividades no sítio.

Na mesma noite da operação, o então superintendente de investigações criminais, Thiago Bardal, foi abordado por policiais nos arredores do sítio. Segundo o secretário Jefferson Portela, ao ser questionado o superintendente afirmou que estava vindo de uma festa, mas depois mudou a versão falando que procurava um sítio para compra.

FONTE: G1

 
 

 

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