O ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Sousa, é apontado como um dos chefes do esquema criminoso. Antes de ser preso, ele enviou um áudio a outros suspeitos na semana passada e que pode comprometer outros agentes públicos.
"Realmente complicou... Mas eu estou trabalhando via o secretário e dois deputados pra gente ... É... sanar esse problema. Esses dias eu tenho trabalhado só isso...usando da minha influência política para poder mandar chamar esses caras, o deputado chamar e tal pra ver se a Gente consegue reverter. Por enquanto a gente tem que engolir esse veneno até a mudança de comando... é o que estou sendo orientado, entendeu?”, disse Rogério no áudio.
O advogado do delegado Thiago bardal disse que o cliente dele está sofrendo perseguição política. Já o advogado de Rogério Sousa Garcia disse que, no depoimento de desta sexta (3), o cliente dele usou o direito constitucional de se manter calado. O G1 não conseguiu contato com a defesa dos outros presos.
No dia 22 de fevereiro o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, afirmou que policiais militares encontraram durante uma operação um porto privado localizado no Arraial, no Quebra Pote, em São Luís. Depois de abordagens, três pessoas foram identificadas como militares. Armas, bebidas alcoólicas e cigarros também foram apreendidos.
Os presos anunciados pela SSP foram o major Luciano Fábio Farias Rangel, o sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho, o soldado Fernando Paiva Moraes Júnior, além de Rogério Sousa Garcia, José Carlos Gonçalves, Éder Carvalho Pereira, Edmilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes.
No sítio, descobriu-se um esquema criminoso formado pelo major Luciano, que já figurava em ações de inteligência. Ele articulava outros PMs para cobertura armada através de milícia para organização criminosa, segundo informado pela SSP. Outro homem encontrado no sítio era o agenciador das atividades no sítio.
Na mesma noite da operação, o então superintendente de investigações criminais, Thiago Bardal, foi abordado por policiais nos arredores do sítio. Segundo o secretário Jefferson Portela, ao ser questionado o superintendente afirmou que estava vindo de uma festa, mas depois mudou a versão falando que procurava um sítio para compra.
FONTE: G1