O Maranhão, na prática, está sob alerta em relação à febre amarela. O Ministério da Saúde (MS) confirmou que dois possíveis casos no estado são investigados. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde confirmou que os casos estão em apuração.
Caso os registros tenham diagnóstico positivo para a doença, a próxima estratégia das pastas estadual e federal será evitar um possível surto. Especialistas já apontavam a O Estado, conforme publicação no dia 31 de janeiro deste ano, o Maranhão como uma área endêmica para a febre amarela, por suas condições climáticas e proximidade com áreas de disseminação do mosquito transmissor.
De acordo com o Departamento de Patologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o último caso confirmado de febre amarela em ser humano foi registrado no estado em 1992. “Não estamos totalmente sem o risco, já que a doença está ocorrendo em áreas de parques, zonas rurais e há cidades em nosso estado cercadas por localidades assim”, alerta a professora da UFMA, Maria dos Remédios Carvalho.
Desde o fim de janeiro deste ano, quando o MS recomendou que os setores de controle epidemiológico do estado executassem ações para intensificar a vacina contra a doença, o Maranhão está incluído nas ações estratégias de prevenção. Apesar do apelo inicial, nos primeiros dias da campanha, poucas pessoas na capital maranhense compareceram aos postos de saúde para se imunizar. Em nota, a SES informou que, desde o início do ano, são executadas ações em cidades com maior risco da doença, em especial, Balsas, Imperatriz, Barra do Corda, Rosário e São João dos Patos.
No primeiro mês de 2018, além dos casos sob investigação, outra possível ocorrência de febre amarela foi registrado no estado. No entanto, descartado em seguida após a realização de exames. Com a intensificação do período chuvoso, aumenta o alerta quanto ao combate dos focos (vistos preferencialmente em água parada) de transmissão do mosquito.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou, em nota, que os casos suspeitos de febre amarela no Maranhão, registrados no Informe nº 15 do Ministério da Saúde, tiveram como fonte de informação o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), sendo três casos notificados. Um caso notificado por São Paulo (SP), cujo município de residência do paciente é Bom Jesus das Selvas, foi descartado; um caso notificado por Teresina (PI), cujo município de residência é Santa Luzia, está sob investigação; e, um caso notificado por São Luís, cujo município de residência é Santa Inês, foi descartado por critério laboratorial, porém, o descarte ainda não consta no sistema.
Números
2.867 – notificados
785 – em investigação
723 – confirmados
1.359 – descartados
237 – óbitos
Maranhão
3 – notificados
2 – em investigação
1 – descartado
FONTE: DIÁRIO DE BALSAS