Em um áudio vazado na internet nesta semana mostrou uma conversa do Deputado estadual Levi Pontes (PCdoB) negociando a troca de favores por apoio político. Na gravação, o deputado faz um acordo de manter a manutenção com verbas públicas da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Chapadinha desde que o prefeito do município mantenha o apoio a sua candidatura.
Durante a conversa, Levi Pontes fala com uma pessoa ainda não identificada sobre o esquema na saúde. Ele conta que se o prefeito de Chapadinha, Magno Bacelar (PV) não prestar apoio a sua campanha política a UPA do município deixará de ser administrada com verbas do governo estadual e voltará a ser custeada pelo município.
O deputado explica que o contrato de gerenciamento da UPA de Chapadinha terminaria em 29 de março, data em que o Hospital Regional seria entregue, mas Levi Pontes promete que o Estado deve conseguir administrar a unidade hospitalar mesmo assim, caso ele tenha apoio político.
Depois do escândalo, o deputado que é o quarto vice-presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema), não compareceu a sessão nesta quinta-feira (1º). O presidente da Alema, Othelino Neto (PCdoB), afirmou que a Comissão de Ética deverá analisar o caso.
Esta não é a primeira vez que o deputado se envolve em um escândalo de troca de favores por apoio político. Em 2017, Levi Pontes pediu parte do pescado comprado pela Prefeitura de Chapadinha para entregar a aliados políticos. O assunto veio a tona após a divulgação de uma série de áudios que foram vazados na internet.
Na conversa, o deputado falava sobre a distribuição de peixes na Semana Santa para a população. Após a denúncia, a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa arquivou a representação protocolada pela deputada Andreia Murad (PMDB).
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que já havia garantido a assinatura do aditivo para a gestão da UPA de Chapadinha por mais um ano. Também por meio de nota, a assessoria do deputado Levi Pontes (PCdoB) afirmou que ele não irá se manifestar sobre o caso.
FONTE: G1