O ex-padrasto da menina confessou o crime no início da tarde de hoje (4).
SÃO LUÍS – O ex-padrasto de Alanna Ludmila, de 10 anos, acaba de confessar o estupro e assassinato da menina, que foi encontrada morta na manhã dessa sexta-feira (3). Robert Serejo foi preso no início da tarde deste sábado (4), enquanto tentava fugir de São Luís com destino à Chapadinha.
Equipes da Polícia Militar conduziram o então suspeito para o Comando Geral da Polícia Militar, localizado no Calhau, por questões de segurança. De acordo com a delegada da Polícia Civil Viviane Azambuja, Robert se dirigiu à casa onde a menina morava com a mãe já com a intenção de matar, e cometeu o crime de estupro enquanto Alanna estava viva.
Ele a matou logo depois da violência sexual, quando a enterrou no quintal da casa, sem ajuda de terceiros, no bairro Maiobão, Região Metropolitana de São Luís. O corpo da criança foi encontrado em uma cova rasa, coberta por entulho e sujeira, depois que vizinhos sentiram o odor do corpo em decomposição e pularam o muro.
A delegada reforçou que a mãe de Alanna, Jaciane Borges, não teve qualquer participação no crime. “É importante reforçar que ela é inocente”, afirmou em coletiva realizada na tarde de hoje.
CRIME
De acordo com informações divulgadas em coletiva, ao chegar na casa de Alanna, Robert pediu pela janela que a menina abrisse a porta, mas ela negou.
Diante da negativa, ele contornou o quarteirão e pulou o muro do quintal da casa. No momento do crime, Jaciane Borges estava numa entrevista de emprego.
Portando uma chave reserva que ninguém sabia que ele tinha, Robert entrou na residência e encontrou Alanna no banheiro, vestindo apenas uma camiseta e uma peça íntima.
Ela ameaçou gritar por socorro e ele ordenou que ela não ficasse calada. Nesse momento, segundo a confissão feita à polícia, Robert tampou a boca da menina com as mãos e iniciou a violência sexual.
RELEMBRE O CASO
O ex-padrasto da criança, Robert Serejo Oliveira, passou a ser considerado o principal suspeito do caso depois de desaparecer por volta das 4h30 da última quinta-feira (2), horas depois de ter prestado depoimento à polícia. Em depoimento, ele negou participação no desaparecimento da menina.
A polícia foi acionada para investigar o caso assim que a mãe de Alanna chegou na casa onde mora com a filha e constatou que ela não estava lá. Ela havia deixado a menina sozinha para poder ir a uma entrevista de emprego no centro de São Luís.
Segundo a mãe, a menina não abria a porta para estranhos, o que reforçou as suspeitas sobre o ex-padastro.
Amigos e vizinhos se mobilizaram para procurar a menina no bairro, mas o corpo da criança só foi encontrado ontem (3).
“EU PERDOO TODOS QUE ESTÃO ME JULGANDO”
A mãe de Alanna passou a ser julgada pela população nas últimas horas depois que boatos se espalharam em redes sociais apontando que ela poderia ser suspeita do crime. A suspeita, no entanto, foi desmentida por policiais e delegados em entrevista à TV Difusora.
As acusações fizeram com que Jaciane Borges, mãe da menina, fosse impedida de participar do velório da própria filha, temendo ser linchada. Emocionada, ela pediu, logo após o enterro, que respeitassem a dor vivida pela família e afirmou que perdoava todos os que a estavam julgando.