A ação integrada das Polícias Civil e Militar junto com operações para identificar e prender líderes de quadrilhas interestaduais resultaram na queda dos roubos a bancos no Maranhão. Entre 2015 e 2016 os registros deste crime diminuíram 48%, segundo confirma o 11° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado esta semana.
Elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o relatório concentra dados variados do setor, a partir de informações dos governos estaduais, Tesouro Nacional, Polícias Civil e Militar e demais órgãos da Segurança Pública. O documento é referência para elaboração de estatísticas nacionais na área de segurança.
Segundo o Anuário, enquanto em 2015 os roubos a banco totalizaram 152, no ano seguinte, com as medidas de ação direta promovidas pelo Governo do Estado, os registros caíram para 79. Os municípios do interior são os principais alvos das quadrilhas, devido a fragilidade estrutural e segurança precária das agências.
A ação parceira das polícias é um dos principais contribuintes da queda nos registros, pontua o titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Tiago Bardal. “A Segurança Pública se mobilizou e elaboramos operações para o interior do Estado. A prisão de líderes reduziu o campo de ação das quadrilhas, e para conter o avanço, realizamos ações permanentes de monitoramento e interceptação”, explica.
No período, as prisões de assaltantes de bancos aumentaram 63,5%. Em 2016, a Seic desarticulou várias quadrilhas interestaduais de roubo a banco, prendendo 237 suspeitos. Número maior que os de 2015, quando 145 pessoas foram detidas por este crime. Os dados ultrapassam também os de 2014, que totalizou 112 suspeitos detidos.
Ações estratégicas
A Seic executa a operação Maranhão Seguro, com apoio da Polícia Militar, que monitora as agências em dias de maior movimentação nas agências, intensificando o monitoramento em datas de pagamento de pessoal, por exemplo; estendendo a ação de policiamento às áreas do entorno. Os casos são investigados pelo Departamento de Combate a Roubo a Instituições Financeiras (DCRIF), que possui equipe especializada e treinada para combater esta modalidade criminosa.
O departamento realiza abordagens em pontos estratégicos, monitoramento de grupos e pessoas suspeitas e orienta na segurança das instituições bancárias. O Serviço de Inteligência também contribui na desarticulação das quadrilhas. “É um trabalho permanente, pois o crime não dá trégua. A queda destas ocorrências confirma o êxito das operações”, reforça o titular do DCRIF, delegado Luís Jorge.
As operações, também, contam com apoio de equipes da Companhia de Operações de Sobrevivência em Área Rural (Cosar-PM), grupo treinado especificamente para combater ocorrências deste tipo no interior do Maranhão.