O Maranhão passa a contar, oficialmente, com uma nova data dedicada ao enfrentamento ao racismo. O governador do Estado sancionou o projeto de lei de autoria do deputado estadual Neto Evangelista, que institui 13 de novembro como o Dia de Combate à Discriminação Racial no território maranhense.
A cerimônia de sanção ocorreu nesta quinta-feira (14), no gabinete do Governo, e contou com a presença do parlamentar, que destacou o simbolismo e a urgência do tema. A iniciativa se inspira no livro “O crime da baronesa”, obra do desembargador José Eulálio Figueiredo, que relata um episódio histórico ocorrido em 1876, no município de Grajaú. Naquele ano, a então baronesa local assassinou escravizados — entre eles, uma criança negra de apenas 8 anos, caso que marca um dos episódios mais trágicos e violentos do período escravocrata no Maranhão.


Segundo Neto Evangelista, a criação da data tem objetivo educativo e reflexivo, para que a sociedade maranhense reconheça os impactos do racismo estrutural e reafirme o compromisso com a igualdade racial.
“Que esse dia sirva de reflexão para toda a sociedade, de que não toleramos esses atos insanos de racismo”, afirmou o deputado, ao celebrar a sanção da lei.
A nova legislação integra o conjunto de ações do Estado voltadas ao combate à discriminação racial e à promoção dos direitos humanos, reforçando a necessidade de políticas permanentes de enfrentamento ao preconceito e valorização da população negra.
Com a lei sancionada, o Maranhão passa a contar com uma data oficial para mobilizações, campanhas, debates nas escolas e atividades de conscientização, ampliando o diálogo sobre respeito e justiça social.