A Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA) informou nesta sexta-feira (10) que não há registro de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Maranhão até o momento. A declaração foi feita após a transferência de um homem, natural do município de Monção, para o Hospital Carlos Macieira (HCM), em São Luís.
Segundo a SES, o paciente segue em avaliação médica e, até agora, não se enquadra como caso suspeito desse tipo específico de intoxicação, podendo estar relacionado a outro agente causador. Ele permanece sob cuidados de uma equipe especializada e aguarda a realização de exames complementares no HCM.


Nota oficial da SES-MA:
“A Secretaria de Estado da Saúde informa que, até o momento, não há notificação de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Maranhão. O paciente citado está em avaliação médica e, até agora, não se enquadra como caso suspeito desse tipo específico de intoxicação, podendo tratar-se de outro agente causador.
O paciente aguarda avaliação clínica no HCM, onde será submetido a exames complementares e acompanhamento especializado.”
Situação no Brasil
Na última terça-feira (8), o Ministério da Saúde confirmou que o Brasil já contabiliza 24 casos de intoxicação por metanol, com registros concentrados nos estados do Ceará, Pernambuco e São Paulo.
A maioria dos pacientes apresentou sintomas graves, como cegueira, vômitos, dores abdominais e dificuldade respiratória — alguns casos evoluíram para óbito.
As autoridades federais investigam a possível contaminação por bebidas alcoólicas adulteradas, vendidas de forma clandestina. O metanol, usado em processos industriais, é altamente tóxico e pode causar danos neurológicos irreversíveis e morte quando ingerido.
⚠️ Alerta à população
O Ministério da Saúde e a Anvisa reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas de procedência duvidosa e denuncie estabelecimentos suspeitos.
Em caso de sintomas após o consumo de bebidas alcoólicas — como alterações visuais, náuseas, dor abdominal ou falta de ar — a recomendação é buscar atendimento médico imediato.
Tratamento e orientações
Com o aumento dos casos em outras regiões do país, o Ministério da Saúde, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), divulgou orientações para profissionais de saúde sobre o manejo da intoxicação por metanol. Entre as medidas estão:
-
Reconhecimento precoce dos sintomas;
-
Administração imediata de antídotos, como etanol ou fomepizol;
-
Encaminhamento dos casos graves para unidades de terapia intensiva (UTI);
-
Notificação imediata às autoridades sanitárias.
O objetivo é garantir uma resposta rápida e eficaz, reduzindo o risco de cegueira, danos neurológicos e morte.