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PF desmonta esquemas bilionários de lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Por Henrique Sampaio
Publicado em 28/08/2025 15:18 • Atualizado 28/08/2025 15:23
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Brasília (DF) – A Polícia Federal, com apoio da Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira (28) duas grandes operações – Quasar e Tank – em diferentes estados do país, com o objetivo de desarticular grupos criminosos que atuavam na cadeia produtiva de combustíveis.

As investigações revelam movimentações ilícitas que ultrapassam R$ 23 bilhões, envolvendo fraudes fiscais, adulteração de combustíveis e esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro.

Operação Quasar

No estado de São Paulo, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na capital, em Campinas e Ribeirão Preto. Segundo os investigadores, os suspeitos usavam fundos de investimento e transações simuladas para ocultar patrimônio ilícito, criando uma rede de proteção que dificultava a identificação dos verdadeiros beneficiários.

A Justiça Federal determinou o bloqueio de bens e valores até R$ 1,2 bilhão, além do sequestro de fundos de investimento e do afastamento dos sigilos bancário e fiscal de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao esquema.

Operação Tank

Paralelamente, a PF também cumpriu 14 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão nos estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A investigação apontou que a organização criminosa atuava desde 2019, movimentando mais de R$ 23 bilhões por meio de uma rede de postos de combustíveis, distribuidoras, holdings, empresas de cobrança e até instituições de pagamento autorizadas pelo Banco Central.

De acordo com a polícia, o grupo lavou pelo menos R$ 600 milhões, utilizando “laranjas”, depósitos fracionados, transações cruzadas, fraudes contábeis e operações simuladas de compra e venda.

A PF identificou ainda fraudes diretas contra consumidores, como a adulteração de gasolina e a prática conhecida como “bomba baixa”, em que o volume abastecido é menor do que o mostrado na bomba. Pelo menos 46 postos em Curitiba participavam do esquema.

No total, foram bloqueados bens e valores de 41 pessoas físicas e 255 jurídicas, resultando em uma constrição patrimonial superior a R$ 1 bilhão.

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