Offline
Polícia Civil do Maranhão indicia oito por esquema de jogos de azar e lavagem de dinheiro; influenciadora é apontada como líder
Por Henrique Sampaio
Publicado em 12/08/2025 08:34
Locais

A Polícia Civil do Maranhão indiciou, nesta segunda-feira (11), oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada em jogos de azar e lavagem de dinheiro.
A ação faz parte da Operação Dinheiro Sujo, que apurou a movimentação de valores expressivos obtidos por meio de apostas ilegais promovidas nas redes sociais.

Entre os indiciados está a influenciadora digital Andressa Tainá Sousa, apontada como líder do esquema. Ela está presa desde 2 de agosto, após descumprir decisão judicial que a proibia de usar redes sociais.

Estrutura do grupo

De acordo com as investigações, a organização criminosa atuava em três núcleos:

  • Captação de valores – responsável por divulgar os jogos e atrair apostadores. Integravam este setor: Tainá, seu irmão Otávio Vitor Lima, o ex-namorado Neto Duailibe, Isabela Talita Nascimento Gonçalves e Marília Dutra Pinto.

  • Lavagem de dinheiro – formado por Tainá, seu pai Otávio Filho (Baiano), o irmão, o ex-namorado e a advogada Maria Angélica Roxo Lima, que ocultavam bens e disfarçavam a origem ilícita dos valores.

  • Segurança armada – liderado por Davi e composto também pela advogada Maria Angélica e pelo policial militar Lauanderson Silva Salazar, com a função de proteger as atividades e intimidar ameaças externas.

Segundo o delegado Pedro Adão, a lavagem era feita por meio de ocultação patrimonial e uso de laranjas, dificultando o rastreamento das transações.

Tráfico de influência e ameaças

Maria Angélica também foi indiciada por tráfico de influência. As investigações apontam que ela exigia pagamentos de Tainá em troca de suposta proteção contra ações policiais, alegando subornar integrantes da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC). No dia 29 de julho, a advogada chegou a enviar à influenciadora uma foto de dentro da sede da SEIC, dizendo que a “proteção” havia sido renovada. Um dia depois, Tainá foi alvo da operação.

 

A polícia ainda apurou a existência de uma lista com nomes de autoridades públicas e jornalistas “marcados para morrer”. O documento teria sido atribuído a Tainá, mas, segundo o delegado, não há provas de um plano concreto — apenas uma intenção mencionada em conversa com o pai biológico.
O delegado também esclareceu que não há qualquer ligação do caso com rituais ou líderes religiosos.

Assista matéria da TV Mirante CLIQUE AQUI

Comentários
Comentário enviado com sucesso!