O principal suspeito de planejar o sequestro de um adolescente de 14 anos em Monsenhor Gil (PI), Ítalo da Silva Araújo, foi preso na tarde desta terça-feira (8), em Campinas (SP). A prisão foi resultado de uma operação conjunta entre o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e a Diretoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), com apoio da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), da Polícia Militar de São Paulo.

Segundo o delegado Anchieta Nery, Ítalo era considerado o mentor intelectual do crime e conseguiu fugir para São Paulo após o resgate da vítima, embarcando em um ônibus clandestino. Ele estava escondido na casa de um comparsa e não apresentou resistência no momento da abordagem. “Desde o início sabíamos do envolvimento direto de Ítalo e do papel de liderança que ele teve na organização do sequestro”, afirmou o delegado.

A prisão de Ítalo é a sexta relacionada ao caso, que teve grande repercussão no Piauí. O adolescente ficou cerca de 18 horas em cativeiro na cidade de Nazária e foi resgatado sem ferimentos. De acordo com a polícia, os criminosos exigiram um resgate de R$ 250 mil pela libertação da vítima.

O delegado Anchieta Nery destacou o trabalho integrado entre as forças de segurança estaduais: “Se você comete um crime no Piauí e foge para outro estado, a resposta vai continuar vindo. Temos o apoio e a colaboração das polícias de todos os 27 estados do país.”

Ítalo, que possui uma longa ficha criminal, era vizinho da família da vítima e agora está à disposição da Justiça. Ele deverá ser recambiado para o Piauí nos próximos dias, onde responde também a outros mandados de prisão.

Outros envolvidos no crime
Além de Ítalo, outras seis pessoas foram identificadas por participação direta ou indireta no sequestro. São elas:

• Mateus (morto em confronto com a polícia)

• Francisco Orlando, 35 anos

• Andreia da Conceição, 30 anos

• Maria Amanda, 28 anos

• Uma adolescente, namorada de Mateus

A polícia segue investigando o caso e não descarta novas prisões, inclusive de pessoas que tenham ajudado os suspeitos a fugir ou ocultar informações.