Um relatório da Polícia Federal detalha a atuação de três deputados denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento em um esquema de corrupção. Segundo as investigações, Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) faziam parte de uma organização criminosa que cobrava propina para liberar recursos federais.
De acordo com a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, o trio, com apoio de outros envolvidos, teria solicitado pagamentos irregulares ao então prefeito de São José do Ribamar (MA), Eudes Sampaio Nunes. O objetivo era a devolução de parte dos valores repassados por meio de emendas parlamentares.
Josimar Maranhãozinho: o chefe do esquema
A PF aponta Josimar Maranhãozinho como o líder da organização. O deputado usava seu conhecimento sobre emendas para direcionar recursos e exigir a devolução de 25% dos valores liberados. Além disso, ele coordenaria a distribuição de emendas de outros parlamentares, garantindo o controle do desvio.


Os braços políticos: Pastor Gil e Bosco Costa
Já Pastor Gil teria participação ativa na cobrança da devolução das verbas, enquanto Bosco Costa negociava diretamente com lobistas para captar e desviar os recursos.
Outro nome citado no relatório é o agiota Pacovan, que, segundo a PF, atuava na parte financeira do esquema. Ele emprestava dinheiro ao grupo e cobrava a devolução dos valores desviados, chegando a usar subordinados armados para pressionar prefeitos.
As denúncias reforçam o uso irregular de emendas parlamentares para enriquecimento ilícito. O caso segue em análise pela Justiça.