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Manifestações em favor da PEC de redução de jornada de trabalho no feriado da república
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Publicado em 15/11/2024

Nesta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, manifestantes de diversos movimentos sociais ocuparam a Avenida Paulista, no centro de São Paulo, em um grande ato em prol do fim da escala de trabalho 6×1 — que consiste em seis dias de trabalho seguidos por apenas um dia de folga.

O tema vem ganhando destaque em debates nacionais após a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) pela deputada federal Erika Hilton (PSol-SP), que busca alterar a legislação trabalhista vigente. A proposta visa reduzir a carga máxima de trabalho de 44 para 36 horas semanais, assegurando aos trabalhadores um equilíbrio maior entre a vida profissional e pessoal.

Segundo a Polícia Militar, a concentração dos manifestantes teve início por volta das 9h no cruzamento da Avenida Paulista com a Avenida Brigadeiro Luis Antônio. A mobilização contou com cartazes, palavras de ordem e discursos que ecoaram a defesa por condições de trabalho mais humanas e justas.

Além de São Paulo, manifestações ocorreram simultaneamente em outras capitais do país, como Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza, Vitória, Porto Alegre, Recife, Salvador, Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Manaus, evidenciando a dimensão nacional do movimento.

O ato foi impulsionado pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (PSol-RJ), que tem articulado a mobilização das capitais desde a última semana. Diversos sindicatos e entidades, incluindo a Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) e os metroviários, marcaram presença nas ruas em apoio à causa.

Em São Paulo, a interdição da Avenida Paulista para veículos, já prevista devido ao feriado, facilitou a movimentação dos manifestantes, mas causou reflexos no trânsito das vias próximas, como a Avenida Brigadeiro Luis Antônio, Alameda Santos e Rua São Carlos do Pinhal, que registraram congestionamentos.

Os organizadores destacaram a importância do ato como um grito coletivo por mudanças que proporcionem uma vida mais digna aos trabalhadores. “Queremos que a voz do trabalhador seja ouvida e que suas demandas sejam atendidas”, afirmou um dos porta-vozes do movimento.

Enquanto o debate sobre a PEC continua nas esferas legislativas, as manifestações servem como um lembrete do clamor social por avanços em políticas públicas que coloquem o bem-estar do trabalhador em foco.

 
 
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