Estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus de Floriano, denunciaram a precariedade dos alojamentos da instituição após um incêndio ocorrido na Residência Estudantil Universitária (REU) no Campus Amilcar Ferreira Sobral (CAFS), na última quarta-feira, 11. O episódio, que colocou em risco a vida de centenas de estudantes, foi exposto pela repórter Aparecida Santana em reportagem transmitida para todo o estado no Piauí TV1.
Em nota conjunta publicada nas redes sociais, os Centros Acadêmicos dos cursos de Biologia, Pedagogia, Enfermagem, Administração e Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC) destacaram a gravidade da situação. Segundo os estudantes, este não foi o primeiro incêndio ocorrido nas instalações da REU, e eles apontam a precariedade do local como um fator de risco constante.
Devido ao incidente, mais de 100 estudantes ficaram sem abrigo, já que o Corpo de Bombeiros isolou o alojamento, tornando-o impróprio para moradia. Os alunos agora cobram da administração da universidade e das autoridades competentes soluções urgentes e efetivas para evitar que tragédias como essa se repitam.
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Entre as principais reivindicações dos estudantes estão a manutenção do Auxílio Residência (AR) – um suporte financeiro fundamental para muitos alunos –, sem a suspensão do benefício para que os afetados não precisem arcar com multas por quebra de contrato de aluguel. Além disso, os Centros Acadêmicos exigem a manutenção do café da manhã e das refeições aos sábados e domingos para os estudantes que foram prejudicados, além de uma adequada manutenção predial para o restabelecimento das condições normais da REU.
Outro ponto de destaque na carta dos estudantes é a exigência de que todas as 96 vagas de moradia da REU sejam reabertas após a realização das obras de reparo.
Em resposta às denúncias, o diretor do Núcleo de Assistência Estudantil (NAE), Jardel Viana, afirmou que a universidade já dispõe de recursos suficientes para garantir suporte aos estudantes durante o período em que eles não poderão retornar à residência universitária. Entretanto, os alunos seguem vigilantes e esperam ações concretas para garantir não apenas o retorno às suas moradias, mas também condições dignas e seguras de habitação.
O caso levanta preocupações sobre a segurança e as condições de moradia oferecidas aos estudantes de instituições públicas, ressaltando a urgência de investimentos em infraestrutura para evitar que novas tragédias aconteçam.
