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Banco Central eleva taxa Selic para 10,75% ao ano, primeira alta desde 2022
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Publicado em 19/09/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (19), aumentar a taxa básica de juros do país, a Selic, em 0,25 ponto percentual, elevando-a de 10,5% para 10,75% ao ano. Essa é a primeira alta nos juros desde agosto de 2022, e sinaliza a preocupação da autoridade monetária com a pressão inflacionária no país.

Com o novo patamar da Selic, o crédito tende a ficar mais caro, o que impacta diretamente a vida dos consumidores. Financiamentos de carros, imóveis e outros tipos de empréstimos devem encarecer, dificultando o acesso ao crédito e, consequentemente, reduzindo o consumo.

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A elevação da Selic é uma estratégia do Banco Central para conter o aumento dos preços. Ao tornar o crédito mais caro, a expectativa é de que o consumo desacelere, reduzindo a demanda e, por sua vez, ajudando a controlar a inflação. Atualmente, o índice de inflação acumulado dos últimos 12 meses está em 4,24%, muito próximo da meta estabelecida para 2024, que é de 4,5%.

No entanto, a decisão de aumentar os juros foi recebida com críticas pelo governo federal, que argumenta que o aumento da Selic pode frear o crescimento econômico, ao desestimular investimentos e inibir a recuperação econômica. O governo teme que o encarecimento do crédito e a queda no consumo possam comprometer a geração de empregos e o aquecimento da economia.

Em nota, o Banco Central justificou o aumento dos juros com base em uma análise do mercado de trabalho, que tem se mostrado mais robusto do que o esperado. Com mais pessoas empregadas e renda disponível, o consumo tem crescido, contribuindo para a elevação dos preços. O Copom, por sua vez, reforçou que a medida é necessária para assegurar que a inflação permaneça dentro da meta, garantindo a estabilidade econômica no longo prazo.

 

Especialistas do mercado financeiro acreditam que, embora a alta da Selic possa conter a inflação, ela também poderá impactar o crescimento econômico no curto prazo, dificultando o equilíbrio entre controle de preços e crescimento.

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