O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou uma nova resolução que proíbe apostas online relacionadas ao resultado das eleições municipais de 2024. A medida, inédita no cenário eleitoral brasileiro, visa impedir o uso de plataformas de apostas que ofereçam prêmios ou divulguem propagandas associadas a candidatos ou aos desfechos das eleições.
Sem uma legislação específica que regulasse esse tipo de prática até então, a decisão do TSE transforma as apostas eleitorais em ilícito, estabelecendo penalidades tanto para os apostadores quanto para os candidatos que porventura se beneficiem dessas atividades. A Justiça Eleitoral também determinou a proibição de sorteios e a distribuição de mercadorias que façam alusão ao processo eleitoral.
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Candidatos que incentivarem ou se envolverem em esquemas de apostas poderão ser acusados de abuso de poder econômico. Tal acusação pode acarretar graves sanções, como a perda do mandato ou até mesmo a inelegibilidade por um período de oito anos, caso se comprove que houve vantagem indevida.
A resolução surge em meio a um cenário de crescente popularidade das plataformas de apostas no Brasil, o que preocupou as autoridades eleitorais quanto à possibilidade de manipulação ou interferência no processo democrático. O TSE reforça que o foco da medida é preservar a integridade do pleito e garantir que as eleições ocorram de forma justa e sem influências externas ou comerciais.
Especialistas afirmam que a nova norma deverá gerar debates sobre a regulamentação das apostas no país, mas reconhecem a importância da decisão como medida preventiva em um momento crucial para a democracia brasileira.