Antigamente, nesta época do ano, era comum os agricultores utilizarem as queimadas para limpar suas roças, em um método conhecido como "roça no toco". Essa prática rural servia para preparar a terra para o próximo plantio. No entanto, os tempos mudaram e o uso do fogo tem se tornado uma ameaça cada vez maior, especialmente na zona urbana. Infelizmente, as queimadas ilegais têm se tornado rotina em quintais e terrenos baldios, mesmo sendo proibidas.
Nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Morro Santa Teresinha em São João dos Patos foi novamente vítima de um incêndio criminoso. O local, que vem sendo alvo recorrente desse tipo de ataque, teve parte de sua vegetação destruída. Ana Lúcia Rocha Santos, filha do saudoso Celso Rocha Santos, expressou sua indignação e tristeza diante do ocorrido: “Mais uma vez tocaram fogo no nosso terreno e, para piorar, destruiu 30 pés de árvores que plantamos para reflorestar”.
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A situação é alarmante. Além de ser um crime previsto por lei, as queimadas colocam em risco a saúde pública, o meio ambiente e o patrimônio de moradores. Em zonas urbanas, como é o caso de São João dos Patos, o uso do fogo para limpeza de terrenos é expressamente proibido, e ações como essa podem acarretar em multas e processos criminais.
Autoridades municipais têm alertado para o aumento de focos de incêndio na cidade, e operações de fiscalização estão sendo intensificadas. Moradores são encorajados a denunciar qualquer atividade suspeita. Além das implicações legais, as queimadas contribuem para a degradação do solo, a emissão de gases poluentes e o risco de acidentes, que podem colocar em perigo a vida de famílias inteiras.
O combate a essa prática criminosa requer conscientização da população e punição exemplar para os responsáveis. Em tempos de crise climática, a preservação ambiental deve ser uma prioridade, e queimar, seja na zona rural ou urbana, não pode ser visto como uma solução.