Um estudo de uma divisão de análise do The Economist mostra que existem no planeta cerca de 70 países que se enquadram em algum modelo de democracia.
E, de acordo com o Instituto Internacional para a Democracia e a Assistência Eleitoral, o Idea, em só 25 nações ir às urnas é obrigatório.
Uma delas é o Brasil. Por aqui, o voto é obrigatório para cidadãos alfabetizados de 18 a 70 anos. E é facultativo para jovens com 16 e 17 anos, pessoas com mais de 70 anos e analfabetos.
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Mas o que será que a população acha desse dever de votar?
Pelo menos na capital paulista, os eleitores estão praticamente divididos.
Segundo pesquisa do Datafolha, 52% são contra o voto obrigatório e 46% são a favor. Um por cento não opinou.
Essas taxas mudam quando levados em consideração o gênero e a faixa etária.
O índice de pessoas favoráveis à obrigação do voto é mais alto entre as mulheres, com 52%, do que entre os homens, com 38%; e entre os que têm de 16 a 24 anos, com 63%, do que entre maiores de 60 anos, com 42%.
Do outro lado, a porcentagem dos contrários ao voto obrigatório é maior entre os homens e entre os que têm de 45 a 59 anos, que chegam a 61%.
A pesquisa ainda quis saber quem iria votar nas próximas eleições caso o voto fosse facultativo. 53% declararam que iriam e 46% disseram que não votariam.
Essa porcentagem é mais alta entre os mais instruídos e entre os mais ricos.
Foram entrevistadas 1.092 pessoas, com 16 anos ou mais, em todas as regiões da cidade de SP, entre 6 e 7 de agosto.