Um panorama recente sobre a coleta de lixo no Brasil revela disparidades marcantes entre os estados, com São Paulo liderando com 99,0% de cobertura, enquanto o Maranhão apresenta a menor proporção, alcançando 69,8%. Esses dados foram extraídos de uma pesquisa que analisou a coleta direta ou indireta de lixo em diferentes regiões do país.
O Maranhão, embora tenha registrado um notável aumento de 16,3 pontos percentuais na cobertura da coleta de lixo desde 2010, continua na última posição nesse indicador. Isso destaca a persistência das desigualdades regionais, como observa Bruno Perez, analista da pesquisa: "A grande cobertura nacional do serviço de coleta de lixo pode ser explicada, em parte, pelo fato de ele precisar de uma infraestrutura relativamente simples para ser feita. Ainda existe, no entanto, uma desigualdade regional significativa, como no caso do Maranhão".
A pesquisa também revela que o índice da população atendida por coleta direta ou indireta de lixo tem crescido a cada operação censitária. Em 2000, 76,4% das pessoas tinham acesso ao serviço, número que aumentou para 85,8% em 2010 e alcançou 90,9% em 2022.
Esse progresso nacional é positivo, mas não pode mascarar a persistência de desafios em determinadas regiões, como evidenciado pela situação no Maranhão. O estado, embora tenha avançado, ainda luta para superar as disparidades e melhorar sua posição no ranking nacional de coleta de lixo.
A coleta de lixo, sendo um serviço essencial, destaca a importância de esforços contínuos para garantir que todas as regiões do país tenham acesso adequado. A pesquisa destaca a necessidade de políticas públicas direcionadas, investimentos em infraestrutura e esforços colaborativos para reduzir as lacunas existentes e assegurar que nenhum estado fique para trás.