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Lula pede que países ricos paguem conta por preservação de florestas
02/12/2023 16:00 em Nacionais

Agência Brasil

No palco da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), realizada em Dubai, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou neste sábado (2) que a responsabilidade pela preservação das florestas deve recair sobre os países ricos. Em um discurso marcante, Lula destacou a inédita manifestação das florestas na conferência, afirmando que é a "primeira vez que elas vêm falar por si" ao longo dos 28 anos de COPs.

"Não basta evitar o desmatamento; é preciso cuidar da floresta, das pessoas que nela habitam e preservar sua biodiversidade. Isso tem um custo significativo, e os países ricos devem contribuir para cobrir essa despesa. É isso que buscamos nesta COP", ressaltou o presidente.

A ocasião contou com a participação da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e foi marcada pelo evento intitulado "Protegendo a Natureza para o Clima, Vidas e Subsistência". O encontro reuniu especialistas, representantes de povos florestais e líderes de Estados com vastas áreas florestais, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron, em virtude da posse sobre a Guiana Francesa, localizada na América do Sul.

Lula emocionou-se ao abordar a história de vida da ministra Marina Silva, que cresceu nos seringais da Amazônia. Em um gesto simbólico, cedeu seu tempo de fala a ela, destacando que, sendo uma pessoa da floresta, Marina é responsável pelo sucesso das políticas de preservação ambiental no Brasil.

A COP28, em seu primeiro dia, aprovou um fundo climático destinado a financiar perdas e danos causados por eventos climáticos em países vulneráveis. O fundo visa auxiliar nações pobres a lidar com desastres climáticos.

Marina Silva compartilhou brevemente as políticas do governo federal para a preservação da floresta, destacando a redução de 49,5% no desmatamento da Amazônia nos 10 primeiros meses de governo. A ministra salientou ainda a importância das políticas voltadas para povos indígenas e quilombolas na preservação das florestas.

Ao mencionar o presidente Lula, Marina enfatizou que sua diretriz para a proteção da floresta vai além do controle e fiscalização, sendo uma abordagem abrangente em dimensões ambientais, sociais, econômicas e culturais.

Na COP28, o Brasil propôs que países com Fundos Soberanos invistam, no mínimo, US$ 250 bilhões em um Fundo para a manutenção de florestas tropicais em todo o mundo. A proposta reforça o compromisso brasileiro com a preservação ambiental em escala global.

 

 

 

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