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Operação Anzu: MPMA cumpre mandados de busca e apreensão para investigar irregularidades em licitações
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Publicado em 07/11/2023

O Ministério Público do Estado do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em cooperação com a Promotoria de Justiça da Comarca de Turiaçu, deflagrou na manhã desta terça-feira, 7, a Operação Anzu.

Esta operação, realizada com base em uma decisão judicial do juízo da Vara da Comarca de Turiaçu, envolveu buscas e apreensões em 15 locais, incluindo órgãos públicos municipais, como a Prefeitura Municipal, a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal de Educação. Além disso, a operação determinou a indisponibilidade de bens no valor de R$ 5.683.985,77 (cinco milhões, seiscentos e oitenta e três mil, novecentos e oitenta e cinco reais e setenta e sete centavos).

O objetivo principal da Operação Anzu é coletar evidências para apoiar quatro Inquéritos Civis em andamento, que buscam investigar possíveis atos de improbidade administrativa relacionados a alegadas irregularidades no direcionamento de licitações na Prefeitura de Turiaçu entre os anos de 2021 e 2023. Além disso, as investigações apontam suspeitas de irregularidades em procedimentos licitatórios para a contratação de empresas especializadas no fornecimento e abastecimento de combustíveis, bem como na locação de máquinas pesadas, veículos de grande porte e equipamentos de terraplanagem.

Um dos indivíduos envolvidos na investigação é Erinaldo Araújo Guimarães, conhecido como "Bonitinho", que também foi um dos principais financiadores da campanha do prefeito nas eleições de 2020. Este empresário é atualmente acusado de ser o mandante de um homicídio ocorrido na cidade de Turiaçu em 25 de agosto de 2022, em que a vítima foi Jonathan Fernando Cardoso Sousa, conhecido como "Nando Net".

A operação contou com a participação dos promotores de justiça titulares das Comarcas de Santa Helena, Cururupu, Açailândia, Zé Doca, Lago da Pedra e São Luís. Além disso, recebeu apoio da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência (Caei) do MPMA, da Polícia Civil, por meio da 1ª DECCOR (Delegacia Especializada de Combate à Corrupção) e da Delegacia de Polícia Civil de Santa Helena, bem como da Polícia Militar, por meio do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Os valores, documentos e dispositivos eletrônicos apreendidos no âmbito desta investigação serão minuciosamente analisados e utilizados como meios de prova para corroborar os supostos delitos cometidos pelos investigados.

Origem do Nome

O nome da operação faz referência aos dragões da mitologia mesopotâmica, frequentemente associados ao mal e à prática de grandes crimes, sendo posteriormente punidos pelos deuses. Anzu, o dragão das tempestades, era considerado um dos mais nefastos e, de acordo com a mitologia, em determinado momento, teria roubado as pedras onde estavam inscritas as leis do universo, pelo que foi punido pelo deus-sol Ninurta.

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