O procurador-geral da República, #AugustoAras, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da eleição antecipada da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão para o biênio de 2025 a 2026.
Aras apresentou ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra o artigo 7º da Assembleia Legislativa do Maranhão, norma que permite a escolha antecipada do presidente da Casa.
A ADI também solicita ao #STF a fixação de uma tese para exigir que a eleição de membros da Mesa Diretora do Poder Legislativo estadual e municipal ocorra somente no ano em que os eleitos tomarão posse nos cargos.
No dia 16 de junho de 2023, os deputados estaduais do Maranhão reelegeram Iracema Vale (PSB) para o cargo de presidente da Assembleia Legislativa, um ano e meio antes de o mandato começar. A eleição antecipada permite que Iracema fique à frente da Poder Legislativo estadual por quatro anos, de 2023 a 2026.
Segundo Aras, “ao permitir a eleição dos cargos de direção do segundo biênio em um lapso temporal expressivo – em junho do primeiro ano da legislatura –, a norma regimental atacada acabou por ensejar a influência do grupo político específico que já se encontra no poder, em evidente afronta aos princípios democrático e republicano, bem como ao interesse público.”
O procurador-geral da República disse que a permissão da eleição antecipada “ofende o princípio da impessoalidade, ao favorecer indevidamente determinado grupo político, vulnerando igualmente a moralidade administrativa, notadamente porque a sistemática inaugurada pela norma impugnada exclui a incidência dos mecanismos de controle da atuação dos integrantes da Mesa Diretora que porventura almejem a reeleição”.