A Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor) da Polícia Civil do Maranhão realizou uma operação nesta sexta-feira que culminou no cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um ex-procurador-chefe da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). O ex-procurador é suspeito de envolvimento em um esquema de venda ilegal de vagas no curso de Medicina da instituição.
A investigação, conduzida pelo 1º Departamento de Combate aos Crimes Funcionais, revelou a venda de vagas para quatro alunas oriundas de uma faculdade de Medicina no Paraguai, as quais foram transferidas para o curso de Medicina da UEMA, no campus de Caxias.
Segundo as apurações, cada aluna teria pago valores que variavam de R$ 10 mil a R$ 15 mil reais para garantir suas vagas. Em um dos casos, a polícia identificou a concessão de matrícula sem a exigência de documentação, alegadamente por ordem do procurador-geral da UEMA. Para as outras alunas, foram apresentadas decisões judiciais falsas alegando a matrícula no curso de Medicina.
O inquérito, inicialmente iniciado com duas alunas em foco, revelou, à medida que progrediu, que outras duas estudantes também estavam envolvidas na situação irregular.
A delegada Carolina, responsável pelo inquérito, solicitou à justiça a suspensão imediata das quatro alunas do curso de Medicina, bem como o mandado de busca e apreensão na residência do ex-procurador sob investigação.
Durante a operação, o ex-procurador não foi encontrado em sua residência. Informações indicam que ele teria se mudado recentemente e seus vizinhos não tinham conhecimento de seu paradeiro.
A UEMA, que cooperou integralmente com a investigação, foi formalmente comunicada pela Seccor sobre a suspensão das alunas, que estão proibidas de frequentar a instituição.
Esta operação destaca a dedicação da Polícia Civil na luta contra a corrupção e irregularidades no âmbito educacional, visando preservar a integridade e confiabilidade das instituições de ensino.