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Caju gera fonte de renda para agricultores familiares de São João dos Patos
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Publicado em 11/03/2017

Tipicamente conhecida no Nordeste Brasileiro, a rapadura que tem como base a cana-de-açúcar e de sabor doce, ganha uma nova versão no município de São João dos Patos com a produção de rapadura de Caju por agricultores familiares do assentamento estadual Sucurujú. Encontrado em praticamente todo o território maranhense pela maior adaptação de clima e solo, o caju torna-se uma fonte de variados produtos, como doces, sucos, geleias, a famosa cajuína, e, agora, a rapadura de caju.

De baixo custo, a produção desse novo tipo de rapadura no Maranhão vem ganhando novos agricultores. No assentamento Sucurujú, o caju foi introduzido há alguns anos por incentivo do Governo do Estado, por intermédio da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Agerp) da Regional de São João dos Patos, que apresentou o fruto para diversificar a produção dos agricultores, que produzem numa área de 989 hectares, arroz, milho, feijão, mandioca e galinha caipira.

Como órgão responsável por levar assistência técnica às famílias de agricultores do Maranhão, a Agerp vem reafirmando o seu papel na execução de assistência técnica e desde 2015 integra o Sistema da Agricultura Familiar, criado na gestão do governador Flávio Dino para garantir apoio a milhares de famílias maranhenses que dependem da agricultura familiar.

O presidente da Agerp, Júlio César Mendonça, ressaltou que o órgão busca levar novas alternativas de produção aos agricultores familiares para inseri-los no mercado de comercialização e, assim, gerar renda. “A Agerp cumpre papel importante para colocar estes agricultores no mercado. A produção de caju e o seu beneficiamento é fundamental para buscarmos a segurança alimentar, promover a sustentabilidade por meio do incentivo de plantio da frutífera, geração de renda e valorização da cultura local”, destacou Júlio César Mendonça.

O gestor Regional da Agerp de São João dos Patos, Ednaldo Quirino, explicou que o beneficiamento do caju é resultado de capacitações promovidas em parceria entre Agerp e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Essa técnica deverá ser compartilhada com outras comunidades para o aproveitamento total do caju.

Castanha é um dos produtos obtidos através do caju e que tem grande aceitação comercial. Foto: Divulgação

Castanha é um dos produtos obtidos através do caju e que tem grande aceitação comercial. Foto: Divulgação

“Vamos disseminar esse trabalho em outros assentamentos que possuem potencial para o cultivo do caju, são cerca de 20 assentamentos do Programa Nacional do Crédito Fundiário que estão na Regional da Agerp. O beneficiamento do caju evita o desperdício da fruta e agrega uma renda para as famílias pela comercialização dos doces”, enfatizou o gestor Regional da Agerp, Ednaldo Quirino.

Os agricultores familiares de Surucujú começaram a produzir rapadura de caju seguindo o exemplo de dona Domingas Ribeiro, uma das agricultoras do assentamento, que mora há 15 anos na área. A agricultora conta que, há quatro anos, recebeu uma capacitação sobre o beneficiamento do fruto e pôs em prática o que aprendeu no curso e que tem obtido excelentes resultados. “É muito bom ver que outros agricultores estão fazendo rapadura para comercializar e com isso estamos aumentando o plantio de pés de caju na comunidade para aumentarmos nossa produção”, contou a agricultora.

Além da rapadura de caju, os agricultores comercializam, também, a castanha de caju. Todo o fruto é aproveitado para consumo e venda. Tanto a rapadura quanto a castanha, são comercializados no mercado local.

Cadeia produtiva 

Para incentivar ainda mais a produção de caju no Maranhão, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), está com inscrições abertas para o edital da Chamada Pública da Cadeia Produtiva da Hortifruticultura do ‘Delta Caju’ para implantação de Unidades de Referência de Produção para substituição de copa e sistema tecnificado.

Para aumentar a produção do fruto, a copa de cajueiros improdutivos será substituída por material genético superior, e adoção de técnicas de colheita e pós-colheita. Para esta cadeia, cinco municípios estão sendo priorizados, Araioses, Magalhães de Almeida, Santana do Maranhão, Água Doce e Barreirinhas.

Sobre a importância de investir nas cadeias produtivas do Maranhão, o secretário da SAF, Adelmo Soares, informou que essas ações viabilizam o desenvolvimento do setor produtivo no estado. “A produção é um dos principais caminhos para o desenvolvimento do nosso estado”, explicou o secretário.

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