Bombeiros, técnicos da Defesa Civil, homens do Exército e voluntários trabalham nas áreas atingidas por deslizamentos de terra em Petrópolis e procuram por desaparecidos em diferentes pontos do município da região serrana do Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira (17), o trabalho de limpeza será intensificado no município.
São contabilizados 104 mortos e um número incerto de desaparecidos. Nesta quarta-feira (16), o Ministério Público do Rio de Janeiro começou a cadastrar as pessoas que eram procuradas e chegou ao número de 35 desaparecidos. Mas a ausência de documentos perdidos na enchente e a dificuldade de locomoção até pontos de apoio fazem crer que os números estejam subnotificados.
As autoridades trabalham com precaução pela possibilidade de mais chuva prevista até o fim de semana. Entre o início da tarde e noite desta quinta, a previsão indica para mais temporais. A chuva pode ser forte, mas em menor quantidade e violência do que a registrada na terça.
Choveu 260 milímetros em apenas seis horas na cidade imperial. O acumulado é maior do que o previsto para o mês todo de fevereiro e ficou concentrado no primeiro distrito do município, justamente na área central.
No Morro da Oficial, no bairro Alto da Serra, um deslizamentos de terra atingiu, pelo menos, 80 casas. A instabilidade da área, que está muito molhada e tem água minando, preocupa os bombeiros, que atuam na área procurando desaparecidos.
O resgate atuou durante toda a madrugada de quinta-feira, balões de iluminação foram usados e cerca de 450 bombeiros se revezam no trabalho.
Um gabinete de crise foi montado no quartel dos bombeiros, no Centro de Petrópolis. A cidade decretou estado de calamidade pública e conta mais de 300 desalojados e desabrigados.
A população em áreas de risco foi levada para escolas da região, que servem de apoio em casos como esse.