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Safra do arroz tem perda de 90%
30/04/2016 10:49 em Locais

Levantamento feito pela AGERP indica que, na safra 2015/2016, a produção de arroz no município de São João dos Patos terá perda de 90% devido à falta de chuva, a previsão foi feita, em entrevista ao Programa Rádio Livre do sertão FM, nesta sexta-feira, 28, pelo agrônomo da AGERP, Ivo Marquis Bezerra.

“Passamos por um período de seca de três anos, por causa da atuação do El Niño, fenômeno que traz secas severas nas áreas centrais e norte da região Nordeste, afetando, principalmente, a região conhecida como Polígono das Secas, que passa a viver crises dramáticas relativas à escassez hídrica”, disse Dr. Ivo.

Este ano, até agora, choveu 852,4 milímetros o que representa 41% menos da média da região que é 1200 e o mais grave as chuvas se concentraram no mês de janeiro.

“Só no mês de janeiro choveu 528 milímetros, mais da metade de todo o inverno, enquanto em fevereiro apenas 79, numa única chuva em todo o mês. Não há lavoura que resista uma seca dessa”, afirmou o técnico.

Se os 852,4 milímetros tivessem sido melhor destituídos certeza o prejuízo dos agricultores seria menor, essa é a conclusão de Agrônomo Ivo Marques Bezerra.

Segundo Dr. Ivo a safra do milho deve te uma queda em torno de 60%, já o feijão, que não tem uma grande área plantada, provavelmente não terá perda.

Quais são os efeitos do El Niño no Brasil?

Os impactos do El Niño no Brasil são bastante variados, haja vista que o território brasileiro possui dimensões continentais e, portanto, uma elevada diversidade climática. Em algumas áreas, o El Niño produz secas extremas; em outras, ele apenas eleva as temperaturas, ao passo em que chuvas torrenciais acometem determinadas regiões.

Mesmo com todas essas alterações climáticas, é errado o pensamento existente entre muitas pessoas de que o El Niño seja algo “ruim” ou “maléfico” ou que ele provocaria uma “bagunça climática”. No caso da seca do Nordeste, por exemplo, a “culpa” não é só do El Niño, mas da ausência de investimentos públicos para abastecer a população local. No Sul, embora as chuvas excessivas causem problemas, a preparação para elas com planejamento adequado evitaria graves catástrofes.

Um exemplo curioso aconteceu no Sudeste do Brasil no ano de 2014. Com a intensificação do calor e o prolongamento de uma seca que, além de outros fatores, contribuiu para a redução das reservas hídricas, sobretudo na cidade de São Paulo, torceu-se muito para que o El Niño voltasse a aparecer. Isso aconteceu porque, caso o fenômeno se manifestasse (o que não se confirmou no referido ano), as chuvas poderiam manifestar-se acima da média no verão seguinte, além de reduzir o período de estiagem para o restante do ano.

 

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