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Deputado Raimundo Cutrim fala a respeito da Criação do Batalhão da Polícia Militar em São João dos Patos
24/08/2017 07:41 em Locais

O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) analisou, na sessão desta quarta-feira (23), o projeto do Executivo que cria e reestrutura os batalhões da Polícia Militar do Estado. O parlamentar disse que "são muitos coronéis para um efetivo pequeno", com a criação de sete Batalhões da Polícia Militar e transformação de duas Companhias Independentes em Batalhões.

Ele afirmou que a preocupação dele é porque atualmente já existem 22 Batalhões. “A nossa preocupação, primeiro, é que, no caso do Batalhão de Operações Especiais, do Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual e Turismo sendo comandado por um coronel. E é um fato inédito que ao longo da história de quase 200 anos da Polícia Militar nenhum batalhão era comandado por coronel. E a nossa preocupação aqui é transformar a Polícia Militar no que fizeram com a Polícia Civil. Fizeram uma reforma na Polícia Civil, criaram uma estrutura muito grande na cabeça sem a base”, afirmou.

Disse também que cada Companhia Independente era para ter no mínimo 90 policiais; um pelotão, 30 homens; e um batalhão tem que ter no mínimo três companhias, que são 270 homens, dois pelotões, mais 60, e o quadro administrativo. “Então são muitos batalhões que estão se criando e principalmente em cidades que eu estou vendo aqui em São João dos Patos. É uma cidade grande e ainda é uma Companhia Independente. Eu quero ver, estou aqui muitas vezes os critérios, porque a Polícia Militar não é a Polícia Militar do governo A, B ou C, é uma instituição permanente e que têm que ser criados cargos de maneira técnica, profissional”, explicou.

De acordo com o deputado, atualmente não tem efetivo na Polícia Militar para atender o quantitativo de Batalhões e é perigoso para as instituições do setor de segurança pública. “Hoje, nós temos 33 ou 34 coronéis que a norma diz que a cada 600 a 800 ou 1.000 homens é um coronel, e nós só temos 12 mil homens, são muitos coronéis com um efetivo muito pequeno. Então, o que está se vendo é coronel comandando Batalhão, que isso foi a primeira vez na história a gente pôde observar. Mas as mudanças são necessárias e a evolução também da sociedade, mas nós não podemos ficar calado e ficar de braços cruzados, vendo o que fizeram com a Polícia Civil, que praticamente acabaram com a Polícia Civil com a reforma que fizeram, quando criaram uma estrutura muito grande na cabeça sem corpo”, afirmou.

Fonte:Agência Assembleia 

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